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Colonoscopia subaquática ou “underwater”, você conhece todas as vantagens?

Durante os seus estudos, você já deve ter ouvido falar sobre a técnica underwater, utilizada em procedimentos colonoscópios. O primeiro entendimento que devemos ter é de que existem 2 formas descritas para realizar a colonoscopia subaquática, são elas:

– Imersão em água (Water-immersion): O endoscopista pode insuflar gás durante os exames de colonoscopia, preferencialmente o CO₂, e no momento em que tiver dificuldade de progredir com o endoscópio, ele faz o uso da insuflação de meio líquido para que seu endoscópio consiga chegar até o ceco, a porção inicial do intestino grosso.

– Troca de água (Water-exchange): Nessa técnica não existe nenhum tipo de insuflação de gás, é somente a injeção de meio líquido. Inclusive, conforme o médico vai injetando esse meio líquido, ele também deve aspirar as bolhas de gás ou ar que eventualmente estão dentro da anatomia, para que consiga realmente fazer uma imersão completa. E depois que todo o cólon estiver tomado pelo meio líquido, o endoscopista consegue fazer uma manutenção desse ambiente, ou seja, retira o líquido que está de certa forma mais sujo, principalmente no início do procedimento, e mantém o fluxo de aspiração/irrigação ativo para manter a imagem límpida e clara.
 

Vantagens da imagem subaquática

Todos que fazem mergulho subaquático sabem da beleza que é fazer uma foto ou filmagem debaixo d’agua, certo? Mas por que isso acontece? Primeiro porque você tem uma magnificação maravilhosa! A refração luminosa dentro d´água é bem diferente da reflexão luminosa que obtemos no meio gasoso, tornando as cores muito mais vivas e fazendo com que o endoscopista tenha imagens muito mais claras, límpidas e nítidas. Além disso, a reflexão luminosa (meio gasoso) gera artefatos brilhosos na imagem que atrapalham o diagnóstico, enquanto no meio líquido a nitidez da imagem ajuda no diagnóstico e no conforto visual.

No meio líquido também não precisamos nos preocupar com o “fogging”, que é aquela névoa que aparece no meio gasoso durante o procedimento. Isso acontece muito quando o médico utiliza o bisturi elétrico na colonoscopia, acarretando a um efeito similar ao de um spray na imagem, o que atrapalha bastante a visualização durante o procedimento. Enquanto no meio líquido não ocorre esse tipo de spray. Outra vantagem da técnica submersa é o efeito de flutuação 3D, que faz com que a anatomia se apresente quase sem o efeito da gravidade, o que aumentam as possibilidades de um bom diagnóstico, pela possibilidade de melhor varredura visual na procura de possíveis lesões ou pólipos.

Outra vantagem percebida de imediato pelo endoscopista é o maior relaxamento anatômico quando usamos meio líquido, o que proporciona mais facilidade de progressão do tubo de inserção e maiores chances de diagnósticos de lesões planas ou pequenas em locais difíceis como curvaturas e pregas. E durante procedimentos endoscópicos ultrassônicos, como as ondas do ultrassom se propagam melhor no meio líquido, aliada a esse relaxamento da anatomia, temos como resultado a melhor visualização da área investigada na tela do ultrassom. A anatomia do cólon pode chegar a ter 1/3 da sua espessura natural quando estamos sob a pressão do meio gasoso, então podemos dizer que o meio líquido permite mais chances de sucesso de diagnóstico em praticamente todos os cenários.

Mais um ponto positivo é a melhora na escala de preparação Boston Bowel, ou seja, com o meio líquido é possível realizar exames em cólons mal preparados com mais segurança, uma vez que a troca desse líquido e o uso do canal acessório (jet nozzle) permite que o endoscopista realize melhor limpeza, o que aumenta a segurança de diagnóstico ao entrar numa cavidade mais suja. O impacto financeiro desse benefício pode ser bem significativo, seja evitando cancelamentos de exames, seja reduzindo o tempo de procedimentos, aumentando a produtividade de sua clínica.

Então, resumidamente, a imersão em água melhora o preparo do paciente, auxilia o médico durante intubações difíceis, evita os loopings nas curvas anatômicas facilitando a introdução na anatomia, reduz a taxa de recorrência dos pacientes que acabam retornando ao consultório por preparos mal feitos e ajuda na ressecção de pólipos desafiadores com anatomias diferentes e que quando colocados no meio líquido, se apresentam de forma mais fácil para o procedimento. Na verdade, qualquer tipo de terapia que o médico tenha que fazer, será mais fácil no meio líquido, até porque a anatomia está ali, como debaixo de uma piscina, flutuando e disponível para que ele possa escolher o melhor ponto de abordagem.

Com tudo isso nos parece que, em pouco tempo, todos as colonoscopias serão realizadas por meio líquido. Você concorda? O que acha dessa previsão?

 

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