A maior especialista em equipamentos de videocirurgia no Brasil

A Evolução da Videocirurgia no Mundo e a Realidade Brasileira

A videocirurgia tem se consolidado como um dos avanços mais relevantes da medicina moderna, proporcionando procedimentos menos invasivos, recuperação mais rápida e menores riscos para os pacientes. No entanto, a adoção dessa tecnologia varia significativamente entre os países, evidenciando disparidades no acesso à inovação cirúrgica. O Brasil, apesar de avanços expressivos desde a introdução da colecistectomia laparoscópica em 1990, ainda enfrenta desafios na universalização dessa técnica no Sistema Único de Saúde (SUS).

O Crescimento Global da Videocirurgia
Nos últimos anos, diversos países têm investido intensamente em equipamentos de videocirurgia e na capacitação de profissionais para o uso dessas tecnologias. Nos Estados Unidos e na Europa Ocidental, por exemplo, a laparoscopia é padrão para vários procedimentos, incluindo colecistectomias, histerectomias e cirurgias bariátricas.

Entretanto, em regiões de menor desenvolvimento, o acesso à videocirurgia é limitado. Isso ocorre devido ao alto custo dos equipamentos, à necessidade de treinamentos especializados e à infraestrutura hospitalar deficiente. O contraste entre esses cenários ressalta a desigualdade global no acesso a tecnologias médicas avançadas.

A Situação da Videocirurgia no Brasil
No Brasil, a colecistectomia laparoscópica foi incorporada ao SUS em 2008. Entre 2013 e 2019, foram realizadas 1.406.654 colecistectomias no SUS, com um aumento de 68% no uso da técnica laparoscópica. Apesar desse crescimento, em 2019, apenas 41,5% das colecistectomias foram realizadas por videolaparoscopia, enquanto a abordagem aberta ainda predominava em 58,5% dos casos. {Fonte}

A adoção da técnica laparoscópica é mais evidente em hospitais universitários, onde a taxa de utilização chega a 91,96%. Essa discrepância sugere que unidades com maior acesso à tecnologia e treinamento especializado tendem a adotar mais a videocirurgia. Contudo, muitas unidades de saúde ainda realizam majoritariamente procedimentos abertos devido a limitações de infraestrutura e capacitação profissional.​ 

Estudos indicam que a videocirurgia é menos acessível a pacientes mais idosos, do sexo masculino e aqueles submetidos a procedimentos de urgência. Entre 2009 e 2014, foram realizadas 250.439 colecistectomias videolaparoscópicas no Brasil, com uma taxa de mortalidade de 0,14% nas cirurgias eletivas e 0,34% nas de urgência. Esses dados sugerem que, apesar dos benefícios associados à técnica laparoscópica, como menor taxa de mortalidade pós-operatória e recuperação mais rápida, sua expansão no sistema público ainda ocorre de forma desigual e enfrenta desafios logísticos e financeiros. {Fonte}

Os Desafios para a Expansão da Videocirurgia no SUS
A implementação de políticas de saúde que ampliem o acesso à videocirurgia no Brasil exige investimentos em várias frentes:

Infraestrutura hospitalar: aquisição de equipamentos modernos e manutenção adequada dos existentes.

Capacitação profissional: ampliação de programas de treinamento para cirurgiões e equipe multidisciplinar.

Financiamento e gestão eficiente: políticas que garantam a distribuição equitativa dos recursos.

Ampliação do acesso à tecnologia: investimentos que permitam a descentralização da videocirurgia para hospitais de médio e pequeno porte.

Conclusão
A videocirurgia representa um avanço inestimável para a medicina, reduzindo riscos e melhorando o prognóstico dos pacientes. No entanto, sua distribuição desigual evidencia desafios que precisam ser superados para garantir que todos os pacientes tenham acesso aos benefícios dessa tecnologia. No Brasil, o crescimento da videocirurgia no SUS tem sido promissor, mas ainda estamos distantes da realidade de países desenvolvidos. Investimentos contínuos em infraestrutura, capacitação e gestão eficiente são essenciais para tornar essa tecnologia cada vez mais acessível e eficiente.

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